sexta-feira, 30 de maio de 2008

DESCÍUMEI


...pois existe a Natureza do Ser...
E existe a aprendizagem... o caminho... a ida sem desvinda...
E existes Tu...
E existem todas as outras coisas que Te rodeiam...
E existo Eu...
Esse Eu por vezes esquecido no meio de todos os marasmos...
Esse Eu que quando se recorda que existe... fica ansioso...
Esse Eu que desaparece no meio de todos os mares e que ressuscita apunhalado por ondas...
Esse Eu emprurrado por todas as vagas e transparente como caranguejos pequeninos do Brasil...
Esse Eu que tinha a mania que todos so grãos da praia poderiam ser controlados e que todos esses grãos tinham lógica...
Esse Eu que sonhava dormir no meio da brisa beijado pelas gotículas...
Esse Eu que julgava que Tu eras o meu crepúsculo... Só meu...
Desmantelou-se e viu que esse belo deveria ser admirado por toda a gente...
E que mesmo assim não deixava de ser só meu...
Descíumei...
Finalmente!...
Toda a tua liberdade dentro de toda a minha liberdade...
Dentro não! Fora!
Dentro e Fora... Só assim é plena!...
Só assim és toda Tu e só assim me recordo mais vezes do Eu... Do Teu Eu...
Esse que transpira feito homem e que teimava em esconder-se...
Em resguardar-se...
Em desmoronar-se...
E que aprendeu a reconstruir-se...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Essas bolas de sabão...




Bolas de sabão que caem no chão...
Por vezes sinto-me uma dessas bolas...
Leve... voa...
Outras sinto-me esborrachar num chão duro...
Outras sinto-me como se uma brisa de um puto me tocasse e me fizesse pairar...
Encho-me de alegrias...
Revisito gostos passados e ouço-me rir!...
O segredo é saber pairar...
E mesmo que o chão seja duro...
Que seja sagrado...
Tal como um tapete que serve para segurar joelhos virados para Meca!...
Virados para Ti...
Youkali!...

Desenrolamos o tapete,
Olhamos
Depois sorrimos
Abrimos a janela e voamos
...
Sempre com o mesmo brilhozinho nos olhos...
Tal como o primeiro dia em que vimos a luz...
E fomos dançar o coro das velhas...
Bebendo elixires da eterna juventude...
Partimos para a rosa dos ventos...

E lá fomos além do lago de bréu...
Eu e a Deusa do Amor...
E ficamos para sempre decorando aquele mistério...

É tão bom, não é?!

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