quinta-feira, 27 de março de 2008

gume




Deixem-me poisado no gume...
Essa distância que separa sanidades de loucuras...

Recuso-me escrever crónicas de amores loucos...
Quero paz...
Muita!...
E a loucura faz-me gases...
muitos!...

O que é feito das borboletas que ardem por dentro?
E da preguiça para apanhar tangerinas?

Tanto tempo demoraste entroncar
Deitas agora por terra
Fruto
E
Semente...

E queres descascar-te
Descartar-te de pensamentos...
Dispensar-te da natureza...

Abraçar universos?
Para quê?
Conheces ao menos o teu mundo?

Descasquem-me...
Mostrem-me o sumo...
O doce sumo... que tantas vezes azeda por fora...

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