terça-feira, 16 de outubro de 2007

"d"



Diluvianas desgraças dilacerantes
Damasquinos dilemas draconianos
Desmistificantes dramas desoladores
Dominiais desejos dionisíacos

Divindades devotas devoram dores
Desabrochando diurnas dádivas
Domesticando dúvidas devastadoras

Dorme... Dorme...
Descansa...

"D"

Diluvianas desgraças dilacerantes
Damasquinos dilemas draconianos
Desmistificantes dramas desoladores
Dominiais desejos dionisíacos

Divindades devotas devoram dores
Desabrochando diurnas dádivas
Domesticando dúvidas devastadoras

Dorme... Dorme...
Descansa...

Desaparece!...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

 
Pássaros outonais
Sons madrugadais
Cascata de interior de caverna
Que me inunda como tua voz transformada em raios de sol
Trespassando tímpanos de céu aberto...

Pomar de todos os odores...
Cada fruta tua que abres para degustar é uma brisa que beija folhas perenes...
Amadureces meu ser...
Sementeio-me a teu lado...
Aro solos...
Calejo mãos...
Rasgo unhas...
Chapinho lamas...

Abre semente...
Descasula borboleta...

Acaricíamos luz... A nossa!...
Vamos do branco ao branco...
Do nada ao tudo onde cada olhar é um eterno ápice...

Em ti consegues guardar toda a Natureza...
Mesmo que toda a gente do mundo fosse Noé e te ofertasse a sua arca
Mesmo... Assim mesmo...
Não caberias lá toda!...
Posted by Picasa

também ouviste?!

Pássaros outonais
Sons madrugadais
Cascata de interior de caverna
Que me inunda como tua voz transformada em raios de sol
Trespassando tímpanos de céu aberto...

Pomar de todos os odores...
Cada fruta tua que abres para degustar é uma brisa que beija folhas perenes...
Amadureces meu ser...
Sementeio-me a teu lado...
Aro solos...
Calejo mãos...
Rasgo unhas...
Chapinho lamas...

Abre semente...
Descasula borboleta...

Acaricíamos luz... A nossa!...
Vamos do branco ao branco...
Do nada ao tudo onde cada olhar é um eterno ápice...

Em ti consegues guardar toda a Natureza...
Mesmo que toda a gente do mundo fosse Noé e te ofertasse a sua arca
Mesmo... Assim mesmo...
Não caberias lá toda!...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

sucumbir à claustrofobia do infinito ou o medo de amar


rastro de fivela marcado na parede
cambaleio
pureza caulina que serve apoio
sejas tu pedra
és grão de areia
vento já fui

soleira gélida
(as)sento-me
a(már)more

parapeitos refastelantes
poisos de pombas
lá no alto do cinza...

Pára peito!
Pára!
convida a pomba entrar...
tanto chocalhar por aí (de)mora...

esvoaça
desprende garras...
não te permitas sucumbir à claustrofobia do infinito...
entre(abre) as portas da percepção!...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

não há saco sem fundo ou mais uma vez ignorar a natureza...



Sou levado para a repessão da vida ouvindo as maiores queixas que se fazem actualmente...
Reprime-se o viver e visita-se o psicoterapeuta que nos diz.. liberte a sua ira, liberte a sua cólera... é que no cérebro ainda não se descobriu o saco sem fundo onde todas as negatividades podem ficar guardadas... portanto seja ser e liberte-se!... e mesmo assim, regidos por leis sociais, continuam a despreender-se do ser...
A educação própria... educar a alma... promover leis para a alma... promover limites de alma... mas a alma é nossa?!... se a alma não é de ninguém e pode ser de toda a gente... porquê ditar margens?... ao fazê-lo ignoramos a natureza!...
Afinal actuamos sempre no mesmo teatro... e tantas vezes actuamos... e somos sempre o nosso maior espectador... porque actuamos em função dos outros?!
Há que ter respeito... pelos outros... e por nós? será que temos respeito por nós e pela nossa alma? e respeitar os outros, não será, ao final e ao cabo.. sermos nós?
Dentro de um ser existem muitos micro-seres... dizem alguns... e um nós é a mescla de tantos outros... e uma alma é a mescla de todos os caminhos... e mescla em termos figurativos pode ser considerada imperfeição...
em Italiano a mescla é mais ou menos traduzida por meschiari insieme... reforço o insieme... porque ao ouvir este insieme consigo visualizar alguém que vai mexendo... e mexendo... e mexendo... até obter algo perfeito... por vezes somos os mexidos outras os mexedores... temos é que ser sempre merecedores...
e Brio... porque mesmo para fazer uma omolete devem cheirar-se os ovos antes de os misturar com os outros... e não se vendem vidas à meia dúzia!... apesar de se venderem almas por tuta e meia!...
Brio!... Tudo fazer para ter o pretérito mais que perfeito?

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