quinta-feira, 18 de março de 2010

Devoção




Haviam existências...
Seres...
Vontades...
Trompetes com forças ciclónicas...

Memórias corporais...
Haviam...
Sentimentos tão reais...
Amores inteiros...

Conversas passadas com quem nunca dispersou...

Pequenas dores surpresa ultrapassáveis...

Motores de frigoríficos pairavam noites de sofá...
Miares seguidos por schhhhh... para não acordar quem dormia...
Supostamente tranquilamente...
Autoclismos que não se descarregavam... pela mesmíssima razão...
Pés descalços em mármores...
Pela mesma razão...
Nem luzes... nem pedras de isqueiro...

Quem dorme... não se recorda de quem está acordado...
Quem dorme não se recorda que quem está a segredar luas não pode abrir garrafas de champanhe...
Pela mesma razão...
E depois de acordar vão abrir corpos para outr@s...

NÃO DEVEREMOS ACORDAR QUEM DORME...
Deveremos dar paz a quem dorme...

NÃO ADO(RM)EÇAM!...

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