quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A coisa


Coisas... um conjunto de coisas pequenas...
Como se chamará um conjunto de pequenas coisas?! Coisas?!
E um conjunto de coisas grandes?! Coisas?!

Tudo são coisas!...
Quando estamos a ser chatos connosco ou quando alguém está chateado: Deixa lá essa coisa!...
Quando estão a ser chatos connosco: Que coisa!...
Quando a conversa está chata: Deixemo-nos de coisas...

Conclui-se que a coisa é chata (ou que surge quando estamos chateados ou a chatear)...

Mas também é boa... quando por artefactos de circuítos memoriais, não nos recordamos de algo... apelidamos esse algo de "coisa"... e coadjuvamos com todos os gestos possíveis, dignos de fazer corar um mimo, no sentido de fazermos o ouvinte substituir @ "coisa" pelo nome respectivo... e geralmente chega-se lá... à coisa...

Portanto, "coisa" - essa desculpa para todas as coisas - faz com que transformemos imagens em gestos de uma forma espontânea... e que cheguemos onde desejamos!...

Toda a gente quer ter o coiso na coisa... É exactamente por causa desta coisa que existem muitas discussões e que muita gente se chateia... É chato chatearmo-nos por causa de uma coisa tão pequena... mas por vezes pensamos com o coiso e a coisa vai-se tornando cada vez maior...

Até que a coisa passa a coice!...
Até que o coice passa a foice... Foice em seara alheia...
E foi-se a coisa!...
Muitas vezes sem causa...

Que coisa tão esquisita... é a conclusão mais óbvia!... quantas vezes!...
Como somos capazes destas coisas?!

A coisa - que á a mãe de todas as coisas - deveria ser elevada a palavra rainha...
Quem inventou a coisa, deveria ser digno de registo... quem terá inventado esta coisa tão perfeita?!

Todos buscamos a coisa!...
Mimamos a coisa - que coisinha...
Desprezamos a coisa - que coisita!...

Mas basta mudar o tom de voz para a coisa - é só massajar o "o"... e quase insonorizar o "i"...

Oi! como vão as coisas?!
Vão bem...

"Demórate aquí, en la luz mayor de este mediodía,
donde encontrarás con el pan al sol la mesa servida.
Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo."

Demórate aquí

4 Comments:

At 9:37 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A gentileza é uma alma forte e generosa.

A gentileza nasce da confiança na justiça da causa própria e na simpatia.•

A gentileza que nasce de dentro desarma, derruba resistências

A gentileza faz-nos avançar plenos de boa vontade, não ficar ofendido se nos criam obstáculos, se nos tratam como “coisitas”. A gentileza é estar sempre disposto a responder de forma clara e cortês à coisa e à coisinha.

Devemos ouvir-nos, para percebermos se acreditamos na coisa que estamos prestes a fazer, se temos a certeza de estar a fazer a coisa certa. E depois, certos da gentileza da coisa que é nossa, eliminar todas as presunções e todos os rancores.

A gentileza que brota de uma alma generosa traduz-se em acções generosas, em factos concretos gentis.

A sinceridade dentro gera sinceridade nos outros. A convicção interior gera convicção nos outros. A pureza dentro gera pureza nos outros. A gentileza dentro gera gentileza nos outros

As coisas simples fazem-se da gentileza.

Gentil noite

 
At 8:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...




















 
At 8:30 da manhã, Blogger José Veloso said...

Gentil noite...
Depende da lua!...

Este branco acima...
Recordou-me uma frase que vi por aí perdida...

"Cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio."
Raduan Nassar

 
At 10:23 da tarde, Blogger Anabela said...

Obrigada pela resposta.
Nunca tinha equacionado o Silêncio como uma resposta ao ruído exterior.
Sempre pensei o silêncio como necessário à audição do mundo.
Estava equivocada, Raduan Nassar sabe muito mais do que eu
Agradeço a gentiliza da tua desculpa.

 

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