terça-feira, 2 de janeiro de 2007

A propósito de cantos

A humidade floresce num canto...
Rebanhos negros plantados em planície...Raios de Sol chicoteando horizontes...
Toda a sala viu florir a humidade com excepçao do canto onde eu desanimava. Ergui meu esguio eu tal como uma serpente. Rodopeei olhares.
O canto nú de humidade e de humanidade. Tornara-me também eu flôr. Da frincha da porta nascia um pouco de luz!
Canto húmido. Canto luminoso. Fui vagueando por ali. Aos poucos sardas começaram a aparecer na minha pele... Decidi ficar no meio da sala... Metade negra... Metade alva...
Com vergonha nao saí e por mais uns tempos fiquei deitada junto ? pequena frincha. Acordei totalmente alva. Agora nao consigo sair. Já sou demasiada para passar por debaixo da porta e nao tenho ninguém do outro lado que a possa abrir...
Vou ser a única flôr no meio deste húmido negrume...
Vou ser a única flôr neste canto onde a humidade continua a florescer...

...To take you to places more beautiful than we where ever promised!...

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